A Doença de Bowen é um tipo de câncer de pele não invasivo, classificado como carcinoma de células escamosas in situ. Essa condição afeta a camada mais superficial da pele (epiderme) e pode progredir para um câncer invasivo se não tratada. Ela costuma aparecer como manchas ou placas avermelhadas, escamosas e bem delimitadas, geralmente indolores. Embora seja mais comum em áreas expostas ao sol, como o rosto, pescoço e mãos, também pode surgir em regiões menos visíveis, como genitais ou ao redor das unhas.
Causas e Fatores de Risco
As principais causas da Doença de Bowen estão relacionadas à exposição prolongada ao sol, que provoca danos acumulativos à pele. Além disso, fatores como infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), imunossupressão e exposição a substâncias químicas, como arsênio, também estão associados à sua origem. Pessoas com pele clara e maior sensibilidade à luz solar estão mais suscetíveis a desenvolver essa condição.
Como é Feito o Diagnóstico
O diagnóstico é feito inicialmente por meio do exame clínico, com a avaliação das características da lesão. A dermatoscopia pode auxiliar na identificação de padrões específicos. Para confirmar o diagnóstico, é necessário realizar uma biópsia, que analisa alterações celulares características da Doença de Bowen. Em alguns casos, testes complementares, como imunohistoquímica, ajudam a diferenciar essa doença de outras condições dermatológicas.
Opções de Tratamento
O tratamento da Doença de Bowen varia de acordo com o tamanho, localização e quantidade de lesões. Entre as opções disponíveis estão terapias tópicas, como o uso de cremes à base de imiquimode ou 5-fluorouracil, crioterapia, terapia fotodinâmica e procedimentos cirúrgicos. A cirurgia de Mohs é amplamente recomendada para lesões localizadas em áreas sensíveis, como rosto e unhas, devido à sua precisão em remover o tumor com preservação máxima de tecido saudável.
Referência
Palaniappan, V., & Karthikeyan, K. (2022). Bowen’s disease. Indian Dermatology Online Journal, 13(2), 177-189.