Conheça este tipo de câncer de pele, suas características, formas de diagnóstico e tratamento.
Carcinoma basocelular (CBC) é o câncer de pele mais comum, e o subtipo esclerodermiforme é um dos seus tipos mais agressivos. Ele se caracteriza por crescer lentamente, mas de forma profunda, invadindo tecidos ao redor e apresentando um alto risco de recidiva se não for tratado corretamente.
Esse tipo de tumor pode passar despercebido no início, pois muitas vezes se parece com uma cicatriz ou uma placa endurecida na pele, geralmente de cor semelhante à pele normal. Sua localização mais comum é no rosto, especialmente em áreas como nariz, bochechas e ao redor dos olhos, regiões consideradas de alto risco para recidiva.
Como identificar essa lesão?
O carcinoma basocelular esclerodermiforme pode ser difícil de identificar a olho nu. Ele costuma aparecer como uma placa endurecida, de crescimento lento e com margens mal definidas. Às vezes, pode apresentar pequenos vasos sanguíneos visíveis ou até mesmo uma ulceração na pele.
A dermatoscopia, uma técnica que utiliza um aparelho para ampliar a visão da lesão, é fundamental para ajudar no diagnóstico. Com ela, é possível identificar sinais específicos, como:
• Vasos finos arboriformes (parecem ramos de árvores);
• Áreas rosadas ou esbranquiçadas, que indicam fibrose ou cicatrização no local;
• Ulcerações, que podem aparecer em lesões mais avançadas.
Essas características ajudam os médicos a diferenciar esse subtipo de outras formas de carcinoma basocelular e de condições benignas da pele.
Por que é importante tratar cedo?
O grande perigo do carcinoma basocelular esclerodermiforme está em sua capacidade de crescer de forma subclínica, ou seja, ele pode invadir tecidos profundos sem que isso seja evidente na superfície. Isso pode causar danos significativos às estruturas locais, especialmente em áreas sensíveis como o rosto.
Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações. Além disso, iniciar o tratamento cedo reduz o risco de recidivas e melhora o resultado estético após o tratamento.
Qual é o tratamento ideal?
A cirurgia micrográfica de Mohs é considerada o padrão-ouro para tratar esse tipo de carcinoma, especialmente em áreas do rosto. Esse método permite remover o tumor com máxima precisão, verificando se as margens estão livres de células cancerígenas durante o procedimento. Isso garante que todo o tumor seja removido, preservando o máximo possível de tecido saudável ao redor.
Como prevenir o carcinoma basocelular?
A prevenção começa com a proteção contra os danos do sol, já que a exposição solar é o principal fator de risco para todos os tipos de carcinoma basocelular. Aqui estão algumas dicas importantes:
• Use protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados.
• Evite exposição ao sol nos horários de maior intensidade (das 10h às 16h).
• Use chapéus, roupas de proteção e óculos de sol.
• Realize consultas regulares com um dermatologista, principalmente se você tem histórico de câncer de pele na família.
Consulte um especialista para uma avaliação completa e personalizada. Sua pele merece atenção e cuidado!
Referência Bibliográfica:
Conforti, C., Pizzichetta, M. A., Vichi, S., Toffolutti, F., Serraino, D., Di Meo, N., Giuffrida, R., Deinlein, T., Giacomel, J., Rosendahl, C., Gourhant, J. Y., & Zalaudek, I. Sclerodermiform basal cell carcinomas versus other histotypes: analysis of specific demographic, clinical and dermatoscopic features. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology.