Saiba como funciona a cirurgia para melanoma: biópsia excisional, ampliação de margens conforme o Breslow e avaliação do linfonodo sentinela.
O tratamento do melanoma cutâneo começa com uma abordagem cirúrgica estruturada em duas etapas principais. Essa estratégia segue diretrizes internacionais atualizadas (NCCN 2025) e visa garantir o melhor controle local e prognóstico do paciente.
Etapa 1: Biópsia excisional para diagnóstico e estadiamento
A primeira etapa da cirurgia para o melanoma é a biópsia excisional completa, ou seja, a remoção da lesão suspeita com margem mínima de 1 a 3 mm de pele ao redor. Isso pode ser feito por shave profundo, punch (em lesões pequenas) ou exérese elíptica.
🔍 Por que não se remove tudo de uma vez com margem ampla?
Porque a biópsia excisional precisa preservar o trajeto dos vasos linfáticos para que, caso necessário, a próxima etapa – o estudo do linfonodo sentinela – seja preciso.

Etapa 2: Ampliação cirúrgica com base na espessura de Breslow
Após o resultado da biópsia, a espessura do tumor (chamada Breslow) define o plano de tratamento definitivo. A cirurgia de ampliação é realizada para remover uma margem segura de tecido ao redor da área previamente biopsiada, reduzindo o risco de recidiva local.
Espessura de Breslow | Margem cirúrgica recomendada |
---|---|
Melanoma in situ | 0,5 – 1,0 cm |
≤ 1,0 mm | 1,0 cm |
1,01 – 2,0 mm | 1,0 – 2,0 cm |
2,01 – 4,0 mm | 2,0 cm |
> 4,0 mm | 2,0 cm |
Em áreas anatômicas especiais (pálpebras, face, mãos, pés), o cirurgião dermatológico pode adaptar a margem para preservar função e estética, sempre sem comprometer a segurança oncológica.
E se a espessura for igual ou superior a 0,8 mm?
Quando o Breslow é ≥ 0,8 mm (ou < 0,8 mm com ulceração), considera-se realizar a biópsia do linfonodo sentinela — um exame cirúrgico que avalia se o melanoma se disseminou para os linfonodos da região. Isso ajuda no estadiamento e na decisão sobre tratamentos adicionais.
💡 Importante: Tumores com indicação de linfonodo sentinela já são considerados de risco intermediário a alto, e por isso, esses pacientes devem ser avaliados por uma equipe multiprofissional, que pode incluir oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos e radiologistas especializados. Essa abordagem integrada é fundamental para garantir um tratamento completo e individualizado.
Referência Bibliográfica
As informações deste artigo são baseadas nas diretrizes internacionais da NCCN Guidelines Version 2.2025 – Melanoma: Cutaneous, publicadas pela National Comprehensive Cancer Network (NCCN®) em 28 de janeiro de 2025.
Acesse o documento completo em: www.nccn.org
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