A cirurgia micrográfica de Mohs é a técnica mais precisa e com benefícios estéticos para o tratamento dos tipos mais frequentes de câncer de pele não melanoma. Estes que, por sua vez, costumam ter grande incidência nas regiões da face e do pescoço – duas áreas muito importantes esteticamente e repletas de estruturas delicadas.
Entre as principais vantagens dessa técnica, podemos citar:
- Apresenta a maior taxa de cura entre todas as modalidades de tratamento
- Minimiza as chances de o tumor voltar a crescer
- Diminui a quantidade de tecido saudável perdido, consequentemente a cicatriz pode ser menor
- Maximiza o resultado funcional e estético resultante da cirurgia
- Repara o local do tumor no mesmo dia da cirurgia.
Indicações para a Cirurgia Micrográfica de Mohs
- Tumores recorrentes (que voltaram após tratados previamente)
- Tumores em áreas de alto risco (pálpebras, nariz, orelhas, ao redor da boca, genitais, mãos e pés)
- Tumores maiores ou iguais a 1 cm em áreas de médio risco (bochechas, couro cabeludo, testa e tornozelo)
- Tumores maiores que 2 cm de diâmetro
- Tumores com contornos mal delimitados clinicamente
- Tumores incompletamente removidos
- Tumores histologicamente mais agressivos. No caso de basocelulares: micronodular, infiltrativo ou esclerodermiforme.
O que esperar do procedimento
Para entender plenamente as vantagens oferecidas pela Cirurgia Micrográfica de Mohs, é essencial ter uma visão do procedimento cirúrgico convencional utilizado para tratar o câncer de pele.
A abordagem convencional para tratar o câncer de pele envolve a remoção completa do tumor a olho nu, necessitando de uma margem de segurança considerável. Essa abordagem resulta na remoção de uma quantidade significativa de tecido saudável na tentativa de garantir a erradicação total do tumor.
Nesse procedimento, o tecido cancerígeno removido é submetido à análise patológica somente após a cirurgia, a fim de confirmar se todo o tumor foi eliminado. Isso pode levar à necessidade de procedimentos cirúrgicos adicionais caso as margens sejam comprometidas, com o intuito de assegurar a remoção completa e evitar recorrências.
Em contrapartida, a Cirurgia Micrográfica de Mohs, uma abordagem mais avançada, permite um nível superior de precisão. Camada por camada, o tecido é removido e examinado microscopicamente em tempo real, possibilitando a remoção do tumor, preservando ao máximo o tecido saudável circundante.
Durante o procedimento, as ‘fatias de pele’ são examinadas microscopicamente, garantindo uma abordagem precisa. O processo continua até que o médico atinja uma margem livre, sinalizando a remoção completa do tumor. Nas lesões primárias, essa abordagem de precisão pode alcançar uma taxa de acerto de até 99%.
Uma diferença notável reside na análise histopatológica. Na cirurgia convencional, o patologista examina a lesão por amostragem, o que abrange apenas 1% das margens periféricas. Isso contrasta com o método Mohs, onde 100% da margem é minuciosamente visualizada no microscópio, permitindo a detecção e remoção de qualquer resquício tumoral.
Essa precisão é viabilizada pela verificação microscópica de aproximadamente 100% das margens durante a cirurgia. Após obter uma margem livre, procede-se à reconstrução da ferida resultante da remoção do tumor.
Em muitos casos, a Cirurgia Micrográfica de Mohs pode ser realizada com anestesia local. Para maior conforto, também é possível optar por sedação, com acompanhamento do anestesista.
Além de minimizar cicatrizes, a Cirurgia Micrográfica de Mohs prioriza a segurança. Todas as margens são minuciosamente examinadas durante a própria cirurgia, proporcionando confiança e resultados excepcionais.
Atenção: Este conteúdo é apenas para fins informativos. Consulte um profissional médico para aconselhamento e tratamento adequados.